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Nunca quisemos dar golpe. Tanto que não demos\', afirma nº 2 do Exército

Publicada em 21/06/23 as 15:39h por Vitória 87 FM - 63 visualizações

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 (Foto: Vitória 87 FM)
'Nunca quisemos dar golpe. Tanto que não demos', afirma nº 2 do Exército
Em entrevista a jornal, o chefe do Estado-Maior, Fernando Jose Sant’Ana Soares e Silva, diz que Força Armada foi 'capturada' por assuntos políticos e 'percepção do golpismo
O general Fernando José Sant'Ana Soares e Silva, chefe do Estado-Maior do Exército, negou que a Força Armada tenha se envolvido em planos para inviabilizar a posse e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As declarações foram feitas ao jornal "Estado de S. Paulo", quase seis meses depois dos atos golpistas de 8 de janeiro, quando bolsonaristas depredaram sedes dos Três Poderes em Brasília.De acordo com o número 2 da cadeia de comando do Exército, nenhuma unidade da Força terrestre aderiu à insurgência. Sant'Ana Soares afirmou que os militares "não quiseram" e, por consequência, não promoveram um golpe do Estado.

— Nós, o Exército, nunca quisemos dar nenhum golpe. Tanto não quisemos, que não demos. Não houve uma única unidade sublevada — afirmou o general, que reconheceu a escalada na politização dos braços militares nos últimos anos. — Fomos totalmente capturados pelos assuntos políticos. Tragados pela percepção do golpismo.

Primeiro dia da CPI do 8 de janeiro
O senador Otto Alencar presidiu como interino o início dos trabalhos da CPI dos Ataques Golpistas. Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
A senadora Eliziane Gama foi eleita relatora da Comissão — Foto: Agência Senado
9 fotos
O senador Sérgio Moro (União Brasil) ao lado do deputado Roberto Duarte (Repulicanos- AC). Os dois são suplentes na CPI/Agência Senado
Senadora Eliziane Game é eleita relatora da comissão, e deputado Arthur Maia, presidente
Durante a entrevista, Sant'Ana Soares reconheceu que militares da reserva podem ter atuado "nesse ou naquele sentido" em meio aos atos golpistas. "Entretanto, nós, não", reiterou. No entanto, militares da ativa integraram o governo de Jair Bolsonaro (PL) e silenciaram diante de ameaças golpistas e apelos de bolsonaristas por uma intervenção no poder.

O chefe do Estado-Maior faz parte do Alto Comando do Exército, que reúne 15 generais da ativa de quatro estrelas, além do comandante, o general Tomás Paiva. Em 8 de janeiro, o número 1 da Força Armada era o general Júlio César Arruda, que acabou demitido do posto ainda em janeiro.A troca de comando, segundo O GLOBO apurou, está relacionada à falta de alinhamento do general com Lula e ao comportamento do militar diante de acampamentos antidemocráticos que se instalaram em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília. Na avaliação de integrantes do governo, Arruda teria protelado a desocupação dos alojamentos e, após a invasão às sedes dos Poderes, não vinha contribuindo para o processo de pacificação entre o presidente e a caserna.

'Única condição viável é a da democracia'
Desde maio do ano passado, Sant'Ana Soares é chefe do Estado-Maior do Exército, responsável por planejar, coordenar e controlar as atividades da Força terrestre, conforme as ordens do número 1. Na entrevista ao "Estadão", o general ressaltou que a Armada é "apartidária e apolítica", mas, segundo ele, setores da população, da política e do establishment intelectual "não aceitam" isso e ainda compartilham a ideia de que os militares nunca perderam a ambição política.

O general disse que o Exército tem o que dizer e mostrar à sociedade, como o auxílio a comunidades Yanomami e o combate ao garimpo, mas destacou os esforços de combater informações falsas na internet e de convencer os "companheiros" alinhados ao discurso golpista do papel da Força.

— As redes sociais são muito atuantes e se perde uma energia infinita tentando desmentir ou separar o que é verdade das fake news — disse Sant'Ana Soares. — Não haverá como mudar a imagem da Força se nós, dentro, continuarmos a nos dividir. Se esses companheiros não entenderem que a única condição viável é a da democracia. Que nós não temos o direito de usar o Exército para atividades que contrariem nossa função precípua estabelecida na Constituição.Por O Globo — Rio de Janeiro



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