(Foto: Vitória 87 FM)
Mais duas funcionárias denunciaram que foram vítimas de crimes sexuais que teriam sido praticados pelo gerente de um posto de saúde de Anápolis, a 55 km de Goiânia. Segundo a Polícia Civil, Ramão Teixeira Gauto, de 50 anos, é investigado por estupro e importunação sexual contra ao menos quatro colegas de trabalho.
Até a manhã desta quarta-feira (6), o suspeito não apresentou nenhum advogado à Polícia Civil, por isso, o g1 não conseguiu um posicionamento dele sobre o caso.
O gerente foi preso na manhã de terça-feira (5) e exonerado pela prefeitura no mesmo dia. Um vídeo mostra o momento em que os policiais entram na unidade de saúde São José e dão ordem de prisão a ele (veja abaixo).
Ao todo, quatro funcionárias da unidade já fizeram denúncias contra Ramão. Em depoimento à polícia, ele contou que teve relações com elas, mas que não forçou nenhum ato.
Em nota, a Prefeitura de Anápolis informou que a Secretaria Municipal de Saúde vai auxiliar a polícia e a Justiça em todas as demandas solicitadas para apuração dos fatos.
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Denúncias
Segundo a delegada responsável pelo caso, Isabella Joy, as mulheres contaram que eram vítimas porque Ramão mandava na unidade e elas precisavam do emprego. As investigações começaram no último dia 28 de março, depois que duas funcionárias denunciaram o chefe.
“Uma chegou a pedir transferência da unidade. Uma das mulheres disse que sofreu abuso em fevereiro, já a outra, contou que estava sendo abusada desde o final do ano passado", contou a delegada.
À polícia, uma delas disse que o homem tentou agarrá-la, tocando nas partes íntimas dela à força. Outra colega, que tem doenças mentais, disse que foi estuprada e abusada sexualmente, por aproximadamente seis vezes. Uma terceira vítima, contou que o chefe chegou a trancá-la em uma sala.
A foto do homem foi divulgada pela PC para ajudar na possibilidade de que novas vítimas e testemunhas apareçam.
Ainda de acordo com a delegada, o suspeito já foi indiciado por estupro em 2015, no Mato Grosso do Sul, mas o processo foi arquivado. Até a manhã desta quarta-feira (6), ele segue preso e à disposição da Justiça.g1